quarta-feira, 16 de outubro de 2013

ESTUDO DIRIGIDO 1

CURSO TÉCNICO DE MINERAÇÃO – CECON
GEOLOGIA

Prof.: Geólogo Wendell Fabrício

ESTUDO DIRIGIDO I
Introdução à Geologia

1.     O que é a geologia?
2.     Quais as atuações principais de um geólogo? (de acordo com nossa apostila)
3.     Faça um desenho da estrutura interna do Planeta Terra baseado na composição química. Coloque os nomes das camadas e suas respectivas profundidades.
4.     Defina minerais e rochas, mostrando as diferenças entre ambos.
5.     Quais as principais propriedades físicas dos minerais?
6.     Defina brilho, fratura e clivagem mineral.
7.     Escreva a escala de dureza dos minerais, indicando os valores.
8.     Quais tipos de rochas existem? Cite duas rochas de cada tipo
9.     Defina rochas ígneas, sedimentares e metamórficas. Resumidamente, como se formam cada uma delas?
10.   Faça um simples diagrama do ciclo das rochas.
11.   Monte um diagrama simples do tempo geológico inserindo os Éons e suas respectivas Eras. Insira os tempos dos Éons.
12.   Quais são as condições que permitem a vida no Planeta Terra?
13.   Quais são os três elementos químicos mais abundantes no nosso Planeta?
14.   A crosta terrestre apresenta duas composições médias. Quais são e qual é a mais densa?
15.   Descreva as principais características do Arqueano. Ou seja, o que aconteceu na Terra durante esse Éon?
16.   Descreva as principais características do Proterozóico. Ou seja, o que aconteceu na Terra durante esse Éon?
17.   Descreva as principais características do Fanerozóico. Ou seja, o que aconteceu na Terra durante esse Éon?
18.   O que foi a Pangéia? Quando essa configuração continental foi presente na Terra?
19.   Em quais períodos os dinossauros existiram? Que Era foi essa?
20.   O que são isótopos radioativos? Qual o nome da transformação que eles passam?
21.   O C14 é um exemplo de isótopo instável. Explique como o mesmo se transforma e qual é a taxa dessa transformação. Como o C14 pode ser usado na datação de matéria orgânica, como os ossos?
22.   O que é um fóssil-guia?


Informações
·         Responder e entregar no dia da primeira prova, antes da realização da mesma;
·         Não serão aceitos os estudos dirigidos após esta data;
·         Fazer em folha branca, sem pauta, com letra legível ou em computador;
·         Fazer capa com nome do aluno, título, dada, nome da escola...

·         O trabalho, caso feito no computador, pode ser enviado por email. O email deve ter como título o nome completo do aluno e no corpo do email, deve estar escrito “Estudo dirigido 1”. O trabalho será considerado aceito após a resposta de recebido do professor.

INTRODUÇÃO À MINERALOGIA E À PETROLOGIA




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sexta-feira, 11 de outubro de 2013

AS DATAÇÕES DE ROCHAS E O TEMPO GEOLÓGICO


Datação absoluta
Os princípios de datação relativa, através do uso dos fósseis, permitiram, ainda no século XIX, o estabelecimento da coluna do tempo geológico. Esta foi primeiramente baseada em afloramentos de rochas sedimentares da Europa, sendo posteriormente estendida para outros continentes. Como já mencionado, os métodos de datação relativa possibilitam um correto empilhamento das rochas no tempo e a correlação de distintos pacotes de rochas, mas não fornecem dados para se saber a idade absoluta (em números) das rochas.

Foi só no início do século XX que uma nova metodologia emergiu. Com a descoberta da radiatividade e de que alguns elementos químicos presentes nas rocha emitiam radiação a taxas constantes, foi desenvolvido o método de Datação Absoluta das Rochas. Para entendermos essa metodologia, vamos ter que compreender alguns conceitos sobre isótopos radiativos.

Isótopos radiativos e meia-vida
Na natureza, existem alguns elementos que apresentam isótopos, ou seja, elementos que apresentam o mesmo número atômico(Z), mas diferentes números de massa (A).

Um exemplo é o oxigênio, que possui três isótopos:
oxigênio 16 - 8 prótons e 8 neutrons (A = 16)
oxigênio 17 - 8 prótons e 9 neutrons (A = 17)
oxigênio 18 - 8 prótons e 10 neutrons (A = 18)

No caso do oxigênio, esses isótopos que existem na natureza são estáveis. Há porém, outos elementos que são instáveis na natureza e, devido a isso, têm a tendência a se transformarem em outro elemento mais estável. Esses são os chamados isótopos radiativos. Nessa transformação, denominada decaimento radiativo, radiação é emitida e calor é liberado. O decaimento radiativo, é um processo lento que ocorre a uma taxa constante chamada meia-vida.

Um dos mais conhecidos é o Carbono 14 (C14). O C14 é um dos isótopos do Carbono. O outro é o Carbono 12 (C12), muito mais abundante. O C12 apresenta 6 prótons e 6 neutros, enquanto o C14 apresenta 6 prótons e 8 neutrons. Como o C14 é instável, ele tem a tendência a se transformar em Nitrogênio 14 (N14). A cada meia-vida, metade dos átomos originais de C14 presentes em uma amostra vão se transformar em átomos de N14. A meia vida do C14 é de 5.730 anos. Isso significa que a cada 5.730 anos metade dos átomos do isótopo original (isótopo-pai) se transformará em átomos do isótopo-filho.

Como o C14 pode ser usado na datação de materiais orgânicos antigos, como, por exemplo, os ossos? A explicação é que os vegetais, ao realizarem a fotossíntese, absorvem CO2. Este CO2 é composto tanto de átomos de C12 (99%) quanto de C14. Os animais, que são consumidores na cadeia alimentar, incorporam em seus tecidos parte do carbono presente nos vegetais, na forma de glicose (C6H12O6), produzida através da fotossíntese. Ossos são tecidos vivos que acumulam carbono, seja na forma de C12 quanto de C14 e, portanto, a proporção de N14 em relação ao C14 em um osso antigo, nos fornecerá o número de meias-vidas transcorridas e, por conseqência, a idade daquele osso.

A datação por C14/N14 é utilizada em materiais não muito antigos, por exemplo em múmias egípcias com alguns poucos milhares de anos. Materias mais velhos que 70.000 anos não são passíveis de datação por C14. Por quê? Para responder a esssa questão, vamos lançar mão de uma analogia.
Imagine uma festa de aniversário em que é servida uma torta deliciosa. Todos os convidados recebem a sua fatia e resta uma última fatia no prato da torta. Cada convidado, depois de saborear a sua fatia, fica de olho na fatia que restou, mas ninguém tem coragem de pegar a fatia inteira, pois não "pega bem". Assim, um dos convidados se enche de coragem e corta metade da fatia, deixando a outra parte no prato. Um segundo convidado, vai lá e corta metade da metade da última fatia. Um terceiro convidado corta, então, a metade da metade da metade e assim por diante. Vai chegar um momento em que não há mais sequer um farelo da torta original no prato. Cada fatia 1, 2, 3, 4, 5 e 6 corresponde à metade da espessura da fatia anterior.

Voltando aos isótopos, é exatamente isso que ocorre durante o decaimento radiativo. A cada meia-vida, metade dos átomos originais (isótopos-pais) decai, transformando-se em isótopos-filhos. A tabela abaixo resume o que aconteceria com uma amostra contendo 1000 átomos de C14.

Meia-Vida = 5.700 anos
C14 (Isótopos-pais)
N14 (isótopos-filhos)
Tempo zero
1000
0
1 meia-vida
500
500
2 meias-vidas
250
750
3 meias-vidas
125
875
4 meias-vidas
62,5
937,5
5 meias-vidas
31,25
968,75
6 meias-vidas
15,75
984,5
7 meias-vidas
7,875
992,375

E assim por diante...
Se representarmos o decaimento radiativo na forma de um gráfico, vamos observar que a redução dos isótopos-pais é diretamente proporcional ao aumento dos isótopos-filhos ao longo do tempo transcorrido (meias-vidas).


Voltando à analogia da torta, fica mais claro agora, entender porque o C14 não se presta para datação de amostras mais antigas que 70.000 anos. Segundo a tabela acima, em 7 meias-vidas somente 7,875 (0,007875%) dos 1000 isótopos-pais permanecem na amostra.
Bom, se o C14, com sua meia-vida de 5.730 anos, não possibilita datação de materiais muito antigos, existem isótopos que permitem isso? A resposta é sim ... e não.
Há de fato isótopos radiativos com meias-vidas muito superiores à do C14 (ver tabela abaixo).

Isópo-Pai
Isótopo-filho
Meia-Vida em anos
Urânio-238
Chumbo-206
4,5 bilhões
Urânio-235
Chumbo-206
704 milhões
Tório-232
Chumbo-208
14 bilhões
Rubídio-87
Estrôncio-87
48,8 bilhões
Potássio-40
Argônio-40
1,25 bilhões

O que acontece é que esses elementos não estão presentes na composição química dos tecidos dos seres vivos e, portanto, não vão estar presentes em um resto orgânico fossilizado. Assim, esta metodologia não serve para datar fósseis. Mas vai ser aplicada na datação de rochas.

Datação absoluta de rochas
A datação absoluta das rochas baseia-se na premissa de que uma rocha é um "sistema fechado", cuja composição química não sofre alterações por influência de fatores externos. Sendo assim, qualquer alteração química que ocorrer na rocha, vai ser devida a decaimento radiativo de isótopos instáveis presentes nessa rocha desde o momento de sua cristalização. Isso é válido somente para rochas ígneas, a partir de sua cristalização e para rochas metamórficas depois de sua recristalização. As rochas sedimentares, formadas por partículas dos outros tipos de rocha (ígneas e metamórficas) ou, ainda por partículas de outras rochas sedimentares e restos esqueletais de organismos, não podem ser datadas pelos tradicionais métodos baseados em isótopos radiativos. Isso se deve ao fato de que é impossível saber quado determinado isótopo foi incorporado à rocha sedimentar.
A datação absoluta das rochas é feita por um equipamento denominado Espectrômetro de Massa.

O uso dos fósseis como ferramentas para Datação Relativa
A partir dos princípios postulados por Steno e Hutton, outros cientistas começaram a tentar entender como os fósseis contidos nas rochas sedimentares poderiam ser usados para auxiliar na estratigrafia.
Dois novos princípios, utilizando fósseis como ferramentas, se somaram aos princípios da estratigrafia. Esses princípios foram concebidos por Georges Cuvier, um paleontólogo/anatomista de vertebrados francês, e Willian Smith, um agrimensor inglês.

Cuvier, considerado o "Pai da Anatomia Comparada", enquanto prospectava fósseis de vertebrados nos arredores de Paris, começou a perceber que cada camada de rochas abrigava um conjunto de fósseis diferente das outras camadas. Verificou, também, que os fósseis das camadas mais inferiores apresentavam características mais primitivas do que os fósseis das camadas mais superiores, os quais se assemelhavam mais aos animais atuais. Segundo Cuvier, essa "Sucessão Faunística" era produto de extinções catastróficas que aconteceram de tempos em tempos na história da Terra. Assim, depois de cada evento de extinção, que dizimava a fauna inteira de uma determinada área, novos organismos provenientes de outros lugares ocupavam os ambientes vagos. Essa teoria de Cuvier é chamada de Catastrofismo.

Princípio da Sucessão Faunística ou Sucessão Fóssil
Willian Smith, enquanto realizava seus trabalhos de agrimensor em canais e minas nas propriedades rurais da Inglaterra, percebeu que as mesmas sucessões de rochas sedimentares afloravam em distintas regiões e que cada camada de rocha continha determinados fósseis que não eram encontrados nas outras camadas. Assim, ele postulou que as camadas de rochas encontradas em áreas geograficamente distantes podiam ser correlacionadas pelo seu conteúdo fossilífero.

Princípio da Correlação Fóssil
As correlações temporais (correlações estratigráficas) entre camadas de rocha situadas a longa distância são realizadas com a utilização de fósseis (gêneros, espécies) que reúnem uma série de características especiais. Estes são chamados de fósseis-guia ou fósseis-índice. Além da grande distribuição geográfica (cosmopolitas), esses fósseis devem apresentar curta amplitude vertical (ter surgido e se extinguido rapidamente), devem ser facilmente identificáveis e devem ser abundantes. Os melhores fósseis-guia são organismos marinhos, de preferência, de hábito plantônico.

Assim, com o auxílio dos fósseis, estavam criadas as bases para um correto empilhamento das camadas de rochas e sua correlação temporal. Esse método é conhecido como Datação Relativa.

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

O TEMPO GEOLÓGICO



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Video de complemento da aula sobre a História de Vida da Terra. Fonte: Discovery Channel

CONSTITUIÇÃO GERAL DO PLANETA TERRA E SUA HISTÓRIA DE FORMAÇÃO


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Programaçao da disciplina Geologia

Prezados alunos do Cecon,

Segue abaixo o escopo da programaçao da disciplina Geologia:

PROGRAMA DE CURSO – GEOLOGIA
CURSO TÉCNICO DE MINERAÇÃO - CECON
PROF.: WENDELL FABRÍCIO


Semana
Assunto
1
Ter
Introducão à geologia
Apresentação do curso. Aspectos gerais dos agentes geológicos. O que é a geologia?
Qui
Áreas da geologia. O que faz um geólogo?
2
Ter
Distribuição do programa da disciplina de geologia. Refer. bibliográficas e esquema de avaliação
Qui
Constituição geral do Planeta Terra. A litosfera
3
Ter
O tempo geológico. Definição de rochas e minerais
Qui
Os minerais
4
Ter
A formação das rochas e o seu ciclo (ciclo das rochas)
Qui
Prova 1
5
Ter
Dinâmica interna da Terra
A deriva continental e a tectônica de placas. Conceito de isostasia.
Qui
Tipos de limites de placas. Ambientes tectônicos e a tectônica global
6
Ter
Ambientes tectônicos e a tectônica global
Qui
Vulcanismo e plutonismo
7
Ter
Terremotos
Qui
Depósitos minerais associados ao tectonismo
8
Ter
Revisão
Qui
Prova 2
9
Ter
Dinâmica externa da Terra
Intemperismo e ciclo sedimentar
Qui
Propriedades dos sedimentos.
10
Ter
Hidrogeologia. Águas subterrâneas
Qui
Ambientes fluviais: A atividade geológica da água superficial
11
Ter
Ambientes eólicos: A atividade geológica do vento
Qui
Ambientes glaciais: A atividade geológica do gelo
12
Ter
Ambientes de sedimentação e estruturas sedimentares
Qui
Depósitos minerais associados às rochas sedimentares
13
Ter
Revisão
Qui
Prova 3
14
Ter
Diversos
Introdução à geologia do território brasileiro
Qui
Geologia do petróleo
15
Ter
Geologia Ambiental
Qui
Sociedade e meio ambiente
16
Ter
Revisão
Qui
Prova 4
Sistema de avaliação:
Avaliação
Valor
Descrição
Prova 1
15 pts
Prova individual e sem consulta – Introdução à geologia
Prova 2
15 pts
Prova individual e sem consulta – Agentes geológicos internos
Prova 3
15 pts
Prova individual e sem consulta – Agentes geológicos externos
Prova 4
25 pts
Prova individual e sem consulta – Todo o conteúdo
3 trabalhos
30 pts
Trabalhos técnicos e individuais, contendo questões e definições sobre o conteúdo abordado em sala de aula
Trabalho de campo
5 pts (extra)
Possível trabalho de campo – à combinar

Bibliografia:
·         Press, Siever, Grotzinger e Jordan; Para Entender a Terra  - Bookman. Porto Alegre, 2006
·         Teixeira et al (Org.);  Decifrando a Terra. Oficina de Textos. São Paulo. 2001
·         http://www.unb.br/ig/glossario
·         Apostila do curso técnico de mineração – CECON
·         Lenz, V. & Amaral, S. E; Geologia Geral - Cia Editora Nacional, 1978